sexta-feira, 13 de abril de 2012

Goddess (mini série)



Primeiro uma sinopse: Rosie é uma bela garota ruiva irladesa que caminha alegre pelas pradarias escocêsas quando de repente tem um piripaque e causa um terremoto que separa a Escócia do Reino Unido. Ela começa a manifestar alguns poderes estranhos, entre eles o de empatia com animais, transmutação de seres vivos e explosão expontânea de terceiros. Só que quando ela manifestou seu poder pela primeira vez, um satélite norte-americano captou tudo e a identificou, e agora ela é fugitiva de um agente linha dura da CIA, e de policiais britânicos psicóticos sedentos por vingança e sangue. Sendo assim, Rosie e seus amigos cruzam o mundo procurando um lugar seguro onde não vão encontrar ninguém querendo foder com eles.

Lembra quando eu comentei que as coisas melhoram na segunda edição em relação a primeira, e que provavelmente a leitura ia engatar? Então, ela engata, mas nem tanto assim.

Talvez o problema seja eu mesmo, eu não sou grandes fã do Garth Ennis. Gosto de algumas paradas que ele fez, como Soldado Desconhecido, Justiceiro, as 10 primeiras edições de Preacher... mas no geral eu acho ele um cara repetitivo. Essa mini-série foi lançada pela primeira vez em 1995, e desde lá já consegue-se identificar vários personagens que iriam aparecer em outros trabalhos dele. Temos o cara escroto porém carismático (Mudhawk, o metaleiro da capa), o fracote chorão que se vê na situação inusitada (Jeff, um babaca apaixonado pela Rosie), a mulher forte e durona idealizada (Samanta, que é uma mulher forte e idealizada) e Rosie. Rosie consegue os poderes dela de forma muito semelhante às formas que Jesse Custer e a Pro conseguiram. Rosie é o único personagem que é de fato bem desenvolvido na história toda, todos os outros são rasos e de uma nota só. Em suas viagens, o grupo sai de uma cidade costeira da Inglaterra e vai pro Rio de Janeiro, Nova Iorque, Polo Norte e Alaska, e sempre muita coisa acontece em volta de todos. Ainda assim você acaba com a impressão de que... nem tanta coisa assim aconteceu, tudo é sem propósito, os tiroteios, as escapadas, as piadas forçadas... a cena mais memorável pra mim é quando o grupo está preso no Polo Norte e Rosie convence uma baleia a rebocá-los até o Alaska, enquanto ela faz um mini sol pra aquecê-los.

Só pra constar, Rosie como diz o título é uma deusa.

Não diria que é muito ruim, mas não é bom também. Chega a ser chato, tem personagens com grande potencial que me pareceram desperdiçados.

A arte é boa, e as cores também são muito bonitas, mas fica por aí.

Ficae com 2 de 5. (e tá de bom tamanho)