domingo, 11 de setembro de 2011

Action Comics #01


Cara. Acho que não tem a menor necessidade de comentar que o novo Superman é um retorno à Era de Ouro, e que as histórias mostram ele como defensor dos fracos e oprimidos, e toda aquela convercinha que todo mundo sabe desde antes da revista sair. Vou pular direto pras minhas opiniões.


"hatters gonna hate"

Confesso que de início, não gostei nada da idéia de mudar tão drasticamente a personalidade de um herói tão incônio, mas Grant Morrison fez um trabalho incrível, nessa primeira edição. O leitor é apresentado ao personagem, sem a desnecessária ladianha sobre "o último filho de um planeta moribundo", ou qualquer outro clichê. Vemos de novo a agressividade do novo Superman, mas diferente da revista da Liga, aqui as coisas tem mais contexto, são mais justificadas. Clark é um cara que cansado de ver gente ruim explorar os mais fracos, e ele tem meios de mudar isso.

Chegaram a falar sobre influência socialista, mas eu prefiro ver histórias em quadrinhos como obras ideológicas, e não políticas.

É bem divertido ver o novo Super pulando por Metrópolis, dando sacode nos pilantras ricos, fugindo da polícia, e sendo aclamado pelo povo. É uma revista leve, que não subestima a inteligência de quem lê.

Acredito que a maior parte do elenco da série, tenha aparecido nessas páginas. General Lane e Lex Luthor fazem parte de uma iniciativa governamental para capturar o Superman: Lois e Jimmy Olsen trabalham pro Clarim Diário, e tem contato direto com Clark Kent. Nas próximas edições espero ver o Morrison explorando bastante esse elenco, em especial a personalidade da Lois, e a amizade do Jimmy, com o Clark, por que esse elementos não têm sido abordados de uma forma decente desde... Sempre ?

Eu só me pergunto: Quem é o baixinho do iníco da história e por que caralhos ele roubou a gravata do tal Glenmorgan ? Não sei mesmo, mas se é pra dar opinião, tô apostando que esse cara pode ser o Dr. Psycho. Mas digo isso só por causa do visual mesmo.


mano, onde cê vai com essa gravata ?

Outra coisa que me deixou pensativo, foi o método que o governo usou para contratar o Luthor, pagando ele pra pensar, por um determinado tempo. Isso é exatamente o que acontece em "Comprimento de Onda", uma história (muito boa) do Monstro do Pântano, escrita pelo Alan Moore. Será que foi uma citação ou o careca e o barbudo tiveram a mesma idéia em momentos diferentes ? É, eu sei, no fim, isso pouco importa.

O traço do Rags Morales (quem ?)  não ajuda nem atrapalha a contar a história. Se comparado aos outros desenhistas do reboot, ele até é bem competente, mas "no mundo real", o cara é um artista bem mediano. Numas páginas ele acerta nos cenários e erra nas fisionomias humanas, em outras ele caga pros objetos e desenha as pessoas de uma forma decente. Ainda não sei como ele faz isso.

Pra encerrar, por que esse texto tá me cansando, fluindo mal e tá tarde pra caralho, quero dizer que Action Comics #01 é superior em tudo, com relação á Liga da Justiça, e que finalmente vi um pouco do heroísmo real. O novo SUperman usa botas do Chico Bento, é muito mais agressivo e menos poderoso, mas arrisca o rabo alienígena dele pra defender quem precisa, por tanto, ainda é o Superman.

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