sábado, 17 de setembro de 2011

Resenha: Planeta Hulk


Buenas, bastardos e bastardas. Estou aqui atendendo a pedidos de vocês leitores, que enviaram milhares de cartinhas pedindo posts sobre a maior melhor editora de comics, e, assim, Dr. Banned me fez uma proposta irrecusável (não posso falar, mas tá na casa dos seis dígitos) pra fazer o serviço sujo que nenhum DCnauta se sujeitaria. E assim resolvi começar resenhando uma saga que curti muito quando li uns 2 anos atrás: Planeta Hulk.

Brian Fodão Bendis começa introduzindo a bagaça toda em New Avengers Iluminatti 16, numa história dividida em 3 momentos. No primeiro, conhecemos a origem dos Iluminatti. Após o fim da Guerra Kree-Skrull, Tony Stark convoca a Wakanda, Charles Xavier, Dr. Estranho, Reed Richards, Namor e Raio Negro, reunidos no palácio do Pantera Negra. E o pinguço lança sua ideia: “a guerra interplanetária da qual acabamos de sair foi nosso culpa, nós poderíamos ter previsto e evitado o incidente”. Assim, é feita a proposta da criação de um grupo ultra-super-mega secreto composto pelos heróis mais picudos da Terra (eles mesmos) pra prever mais merdas desse tipo e assim agir preventivamente. Todo mundo fica convencido, menos T'challa, que manda todo mundo tomar no cu, vazar de lá imediatamente, e esquecer de vez a ideia de se auto declararem os protetores supremos da Terra. É claro que eles não seguem o conselho.

"Comida Wakandana o caralho, quem prefere pedir pizza levanta a mão!"

Na segunda parte, Stark reúne novamente o grupo (sem T'challa, é claro) pra discutir seu novo plano pra um mundo melhor: mandar o Hulk pro espaço, num planeta sem vida inteligente onde ele não vai ser perturbado por ninguém e poderá finalmente viver em paz, deixando a terra livre de sua fúria incontrolável. É a vez de Namor rodar a baiana, xinga todo mundo de traíra e dá um cacete no Homem-de-Ferro (que só não se fode legal por que o Dr. Estranho intervém), depois vai embora dizendo que que o Hulk vai voltar e matar todos eles. A terceira parte da história é introdução a Guerra Civil e pouco importa agora.

Daí pra frente o plano segue como previsto. Com um monte de gente agindo na trairagem eles conseguem mandar o Hulk pro espaço, numa missão pra destruir um satélite inteligente que ameaça detonar a Terra. Findada a missão, a nave parte para o tal planeta desabitado ao invés de retornar a Terra. A treta é que alguma coisa acontece e a nave acaba entrando numa espécie de portal que leva o Verdoso pra um outro planeta, onde, enfraquecido pela viagem, ele é capturado e levado como gladiador pra entreter as massas em espetáculos realizados pelo Rei Vermelho (que na verdade é um imperador), tirano do planeta Sakaar. Obviamente, Hulk se destaca na arena, arranjando treta com o Imperador logo no primeiro dia de trabalho (exemplar, né?).

Massavéio da melhor qualidade!

E aí segue a história do Hulk na carreira de carniceiro profissional, vivendo luta após luta e conquistando o público, seguindo uma trajetória épica com alguns clichês, é verdade, mas tudo apresentado por Greg Pak com muita competência. Impossível não destacar os coadjuvantes como ponto forte da história: personagens de personalidade muito rica compõem o grupo de gladiadores de diferentes raças, levados pelo destino a conviverem e lutarem juntos, cujos segredos e motivações vamos conhecendo ao longo da saga.

Hulk e seus brothers de guerra. Abaixo, o Rei Vermelho.

O que temos de diferente em Planeta Hulk, e que pode ser responsável por grande parte de seu sucesso (pra falar a verdade nem sei se fez sucesso, mas eu curti bastante), é que, com a exceção de uma participação FODA e crucial de outro personagem conhecido da Marvel, temos o Hulk rodeado de personagens inéditos, numa situação completamente diferente de qualquer outra que tenha passado, praticamente um “What if...?” acontecendo na cronologia regular.

É legal notar como o Hulk domina completamente Bruce Banner, cuja participação se resume a apenas uma página nas mais de 20 edições que compõem a história.

A arte de Aaron Lopresti (nunca tinha ouvido falar) também é de alto nível. É muito foda ver o Hulk trajado de gladiador, usando uma grande variedade de armas pra cortar, dilacerar e

esmigalhar, em adição ao bom e velho esmagar. As raças alienígenas são muito interessantes, cada uma com características físicas e modos marcantes. As belas capas domexicano José Ladrönn (é isso mesmo, produção?) são outro ponto forte, daquelas pra se apreciar por uns instantes antes de iniciar a leitura.

Manda bem esse tal de Ladrönn!

Resumindo: muito boa a saga, ganhou o selo Viscoso de qualidade. Se você gostar, vale a pena acompanhar o também o evento que resulta dela, World War Hulk, que eu estou relendo e devo postar uma resenha quando terminar.

É isso aí, fica assim então.

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