sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Batgirl #01


Não tem muito que eu saiba sobre a Batgirl. Ao menos, não quando era Barbara Gordon, por de baixo do  manto. Lembro um pouco da fase com a Cassandra Cain (que durou bastante, mas não vi nenhuma boa história) e até dei uma lida nas edições da fase com a Stephanie Brown (NÃO ME JULGUE), mas não consigo lembrar da Barbara como Batgirl, pra mim ela sempre foi a Oráculo.


Pra situar quem chegou agora da Zona Fantasma: Barbara Gordon, a filha do Comissário Gordon, foi a primeira Batgirl, mas seus tempos de heroína acabaram quando o Coringa meteu uma bala na coluna dela. Isso aconteceu numa das histórias mais perturbadoras e interessantes dos quadrinhos tradicionais, "A Piada Mortal", do Alan Moore (um cara que adora destruir a vida de super-heróis). Daí em diante, o novo papel de Barbara foi como líder tática do grupo feminino, Aves de Rapina, onde usava o nome de Oráculo. E assim foi por muito tempo... Até o reboot.


No novo Universo DC, Barbara conseguiu, por "um milagre" volta a velha forma, e já está saltitando pelos telhados de Gotham, procurando marginias pra espancar. Não gostei disso. A Piada Mortal não foi desconsiderada, mas perdeu a força; Me agradava ver o sofrimento da personagem, não por que sou sádico (ok, talvez um pouco), mas por ver a situação como, uma consequência que alguns pagam, por adotarem uma vida de luta contra o crime. Não que isso realmente tivesse muito peso na maior parte do tempo. Essa interpretação minha, era mais um dos infinitos pontos dramáticos que os escritores não abordavam, ou abordavam de um jeito errado. Só por isso,, ela estar de volta como Batgirl, é uma idéia ruim, e não uma idéia péssima.

Da história em si, não da pra falar muito; Além de dar essas explicações fundamentais, vemos uns vilões novos surgindo. Um cara misterioso, chamado Espelho, que segue um bom número de clichês, e ainda assim, ficou divertido; E uma gang de freaks sádicos chamados "Assassinos de Brisby", que me lembrou um pouco os vilões bizarros que o Morrison inseriu nos seus arcos do Batman. O caminho dos marginais se cruza, e claro, a Batgirl se envolve na treta também. 

Batgirl no seu uniforme Joel Schumacher
A Gail Simone é uma escritora bem irregular, o Sexteto Secreto dela, é muito divertido, mas a maior parte das histórias das Aves de Rapina, são um saco, então fui ler Batgirl, de coração aberto, sem julgar a "maior, melhor e única" escritorA da DC. Mesmo assim, ela parece que vai insistir em errar e criar relacionamentos cheios de draminha lacrimoso. Parece um preconceito dela mesma, toda mulher tem que ser uma sonhadora sensível, incompreendida pelo mundo.

O mano Adrian Syaf (eu não conheço nenhum desses desenhistas novos) tem um desenho bem razoável, que não fede nem cheira, e tá de bom tamanho. A única coisa que distoa no traço morno dele, é quando desenha o tal Espelho, que é um vilão com um visual fodaço. Capa e capuz preto, e luvas com espinhos! Voltei a ter doze anos quando vi o cara.

ele tem estilo, ele não perdoa, ele é O ESPELHO

Pois bem. Espero que a Gail Simone faça um pouco de mistério antes de explicar o "milagre" que fez Barbara voltar a andar, e também que aproxime mais o universo da guria, com o da batfamília. Nunca entendi por que eles estavam tão distantes nos últimos anos.

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