quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Batwing #01


Vou resumir Batman Inc, pra quem não conhece: Depois de uma viagem transcendental lisérgica no espaço-tempo, Bruce Wayne vislumbrou o futuro, e quando voltou para a nossa época, decidiu fazer algo a respeito; Não se sabe se para mudar ou para confirmar o que ele viu. Até por que o que ele viu, ainda é um mistério. O que rolou depois, foi que Batman deu a volta no mundo recrutando heróis de várias nacionalidades. As oito edições dessa revistas, são memoráveis, com Grant Morrison (sempre ele) viajando dentro da cultura popular de cada país, para resgatar e recriar, um universo povoado por vilões e heróis extremamente originais.


Quando veio o reboot, Batman Inc, não foi cancelada, mas acabou sendo atrapalhada, alguns personagens que estavam na trama tiveram seus status quo modificados drasticamente (Oráculo/Batgirl) e outros até deixaram de existir (acho que isso aconteceu com o Azrael). Mas nada disso aconteceu com o batmen africano, que apareceu bem rapidinho na edição #05: David Zavimbe, o Batwing. Que agora ganhou até a sua própria revista mensal.

Na trama. acompanhamos Batwing e seu mentor, Batman, investigando uma cena de crime brutal, com uma pá de corpos mutilados. Quem desmembrou geral ? E o caso fica mais estranho quando descobrem que um herói aposentado pode estar entre as vítimas.


Judd Winick fez um trabalho bacana nessa primeira edição; Aos poucos vamos conhecendo todos os aspectos da vida do homem, que usa o manto do morcego à noite, e é policial durante o dia. Gostei do contraste de mostrar a vida de um oficial da lei em uma cidade corrupta, em contra parte com as ações de um  vigilante que tem suas próprias leis. E os esforços de David, para tornar a força policial algo tão efetivo quanto o próprio Batwing, puxa pra um lado "social" que sempre convence.

No mais, Winick  mandou bem, em se aprofundar no microverso dos heróis e vilões africanos, um tema que vai ser bem explorado nas próximas edições. É preciso ter muita sutileza, para usar elementos da cultura de um país tão peculiar, sem soar preconceituoso, e felizmente esse é um escritor com o tato necessário.


Todo mundo reclamou e comentou da eugenia que rolou no relaunch, com vários heróis de etnias minoritárias sumindo ou perdendo destaque, ao menos agora a DC vai ter com que se defender; Tanto o título do Senhor Incrível, quando o do Batwing, estão indo bem, e sem perpretar velhor clichês preconceituosos.

PS: E que venham mais revistas estreladas pelos batmen! A editora só tem a ganhar, explorando suas histórias para além dos limites americanos/católicos/anglo-saxão

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