quarta-feira, 26 de junho de 2013

Chew - Livro Um: Questão de Gosto (01-05)


Tony Chu tem uma habilidade extremamente rara, ele é um cibopata. Isso quer dizer que ele consegue "sentir" tudo que aconteceu com qualquer coisa que ele ponha na boca. Ele consegue comer um alface e saber quais pesticidas foram usados nele, pode comer uma maçã e saber quem a colheu, ou, pode comer um hambúrguer e partilhar da dor de um animal de abate, osteoporoso e cheio de hormônios, adoentado morrendo no meio da merda e do sangue. Como vocês devem imaginar, ele é seriamente seletivo quanto ao que come. Felizmente ou não, beterrabas são a única coisa que não ativa seu "super poder", então, sim, ele come muita salada de beterraba.

Ó mundo de Chu tem outras pequenas diferenças em relação ao nosso, lá, ao redor do mundo a gripe aviária matou 116 milhões de pessoas. Pra se ter uma ideia, isso seria como se 80% da população da Rússia morresse (segundo minha super pesquisa na Wikipedia); Como resultado, o governo dos Estados Unidos proibiu a pose, transporte e consumo de carne de frango. Algumas pessoas acreditam que há algo mais sombrio por trás da epidemia, e que as gentis galinhas não foram as verdadeiras responsáveis. Por isso,  se criou um mercado negro de frango, parecido com o que rolou com o álcool nos anos 20.

Gosto de pensar que foi assim que a guerra humanos/galinha começou

Nesse primeiro arco, Chu é promovido, de policial, para Agente do FDA (departamento que fiscaliza tudo relacionado com comidas, remédios e cosméticos), e seu primeiro caso é desvendar a morte de um inspetor de saúde. Também somos apresentados a alguns personagens que devem aparecer com algum frequência, como Chow, o irmão de Chu, que perdeu seu programa de culinária, por ser contra a proibição do frango; Amélia Mintz, uma  crítica gastronômica capaz de fazer os leitores sentirem o gosto da comida; e o novo parceiro de Tony no FDA, Mason Savoy.

Chew é interessante em vários aspectos, mas, principalmente por se passar num universo tão próprio, que em alguns momentos é totalmente absurdo, e em outros é quase igual ao mundo real. A arte parece que serve o mesmo propósito, apesar de caricata, não suaviza em nada nos momentos mais violentos ou nojentos. outra coisa interessante, é notar o número de pontas soltas que ficam neste primeiro volume, além de aumentar o mistério, faz o leitor ter a sensação de que o autor já tem algo muito maior correndo "por de baixo dos panos". E infelizmente planejamento é algo pouco visto nas revistas mensais hoje em dia.

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