domingo, 25 de setembro de 2011

Homens de Guerra #01


Sargento Rock e a Compania Moleza! Nem eles escaparam dos pérfidos tentáculos da rebootagem. Bem, mais ou menos. Men of War não é sobre os soldados durões que se metiam em missões suicidas durante a Segunda Guerra. A onda é a modernidade, o pessoal tá cansado de nazistas e Adolf Hitler, por isso, o que rola é que vamos acompanhar a vida do neto do Sgt. Rock original, Joseph Rock.

Call of Dutty style

Joseph é "o cara", o típico soldado protagonista, desrespeita ordens de superiores, não recua e sempre resolve as paradas, e claro, tem uma cicatriz no rosto. Certo não é assim tão ruim quanto parece, exceto por esses clichês, quase que obrigatórios pra uma boa história de guerra, o resto corre bem. 
O título é perfeito pra atrair novos leitores, de qualidade, com um cenário atrativo (todo mundo adora a guerra), um traço bacaninha, bastante ação e uma dose leve de drama. Não entendi exatamente que rumo a revista vai tomar, se vai ser espionagem paramilitar com elementos de quadrinhos de supers envolvidos (o Greg Rucka fazia isso muito bem em Xeque-Mate) ou algo mais "radical" tipo, Esquadrão Suicida e Sexteto Secreto, só que com soldados caindo no pau com os vilões. De qualquer forma, parece um título promissor..

é como eu me sinto, de ressaca
A revista é dividida em duas histórias, a primeira com roteiros do Ivan Brandon, e desenhos do Tom Derenick, que mostra como o novo Rock ganhou o posto de Sargento. A sacada de fazer as primeiras páginas quase que em preto e branco, e carregar no azul do olhos do Rock, é meio gay, mas ganha uns pontos pela criatividade (não que eu não tenha visto em Sin City, mas, vamos dar um desconto). Outra idéia interessante é mostrar, da visão do homem comum, as consequencias de uma porradaria entre super humanos. Já vimos várias vezes o Superman caindo no pau com vilões fodões, mas nunca mostraram a visão dos coitados dos moradores de Metrópolis. Agora, imagine essa briga acontecendo no meio de um campo de batalha. É massavéio pra caramba, mas é muito divertido.


Só faltou se aprofundarem na personalidade do protagonista, mas a edição dois promete resolver isso. Então tá tudo bem. 

Na segunda parte da revista, surgem Os Fuzileiros Navais, com uma história bem mais realista, definitivamente resgatando o estilo das antigas histórias de guerra da editora. Até suspeito que desenhista (Phil Winslade) seja veterano das hqs, por que o traço e a narrativa dele, tem um ar muito oldschool. 

mais um dia no front
Jonathan Vankin (roteirista) nos mostra o clima tenso das zonas de conflito urbano, de algum país sem nome, que claro, fica no oriente médio.É uma história sobre como nas trincheiras, bom e mal, são só uma questão de ponto de vista .Não tem como dizer mais que isso, por que é uma história curta.

O caso é que já tá tarde pra mim, meu café acabou e tenho muito trabalho pra daqui a poucas horas. Se puderem, procurem ler essa edição, é uma das poucas que eu realmente recomendo. E depois vá jogar seu FPS favorito.

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