quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Monstro do Pântano #01


Pobre Alec Holand, estudou, virou um puta cientista, desenvolveu uma fórmula bio-restauradora capaz de tornar até a Vila Nhocuné um terreno fértil, mas um incidente no seu laboratório fez o cara virar uma tocha humana, e caiu morto no meio do pântano. Do churrasquinho de gente que sobrou, surgiu o elo perdido entre o homem e o pé de repolho: Monstro do Pântano.* 

até um monstro tem namorada e
amigos, e você aí, lendo blogs
Por alguns anos o verdão teve umas aventturas não muito populares,  que só serviram mesmo pra dar o tom das histórias; Apesar de estar dentro do Universo DC tradicional, os roteiros tinham um clima bem mais sombrio, com elementos de filmes de terror B, com ficção científia e misticismo. Quando um inglês barbudo e drogado conhecido como Alan Moore assumiu o título, investiu bastante nessa temática, e  fez o Monstro cair na porrada com demônios, zumbis, lobisomens e fiscais do imposto de renda. Moore elevou o nível das histórias, e dos quadrinhos, como um todo, numa obra até então sem comparações; The Swamp Thing Saga, era um revista de horror perturbadora, com filosofia, ecologia e poítica, misturados perfeitamente, que juntas formam (na minha humilde opinião) a melhor obra do Bardo Barbudo

Tudo muito bom, e muito bonito, mas essas aventuras estavam ficando muito pesadas e maduras pro universo tradicional da DC, então, quando surgiu o selo da Vertigo, Monstro do Pântano e seu amigão Constantine, migraram pra lá, e desapareceram da terra do Superman. Ok, isso durou muito tempo, mas no Dia Mais Claro, Geoff Johns ressucitou o senhor das ervilhas, e o reintroduziu na linha tradicional.


A sinopse da nova revista é assim: Ao redor dos Estados Unidos, grandes quantidades de animais estão morrendo de súbito. No Arizona, a ossada de um mastodonte se levanta e sai andando. Enquanto isso, o recem ressuscitado Alec Holland pracisa descobrir o que sobrou da sua vida antiga, e o quanto vai precisar reconstruir. E, o Superman aparece, só pra dar um oi.

Já tinha ouvido falar do Snyder, por causa da mini-série "Portões de Gotham", mas não tinha sido apresentado pessoalmente ao rapaz. Que posso dizer ? Tem minha confiança logo de cara. Além de ter a sabedoria de não alterar a temática de ocultismo bizarro das histórias, conseguiu fazer isso dentro do mesmo universo habitado por personagens menos sombrios. A presença do Superman em algumas páginas, serve pra confirmar isso. Fiquei bem curioso pra saber como vai ser as relações do novo status quo do elenco, que mudou bem radicalmente. Só faltou dar umas pistas sobre o paradeiro de alguns outros personagens, como Abby (a única mulher do mundo, que beija um home-planta, sem cobrar nada), a filha deles Teffé (acho que nem deve existir mais), e os tiozinhos do Parlamento das Árvores**

SURPRESA!
Yanick Paquette também foi uma grata surpresa pra mim. Já não sei se a DC resolveu dar espaço pra artistas novos, ou sou eu que não entendo porra nenhuma. O caso é que Yanick (nome maneiro) manja muito nos desenhos, e em um ou dois painéis mais soltos, me fez lembrar do fodaço J H Williams III. E caso não tenham notado ainda, eu revelo: Os parágrafos sobre desenhistas são sempre curtos por que eu nunca tenho muito pra falar sobre eles, aí fico tentando encher linguiça. Desenhista é bom ou não, ponto. E o mano Yanick é um dos bons.

 É isso aí, amiguinhos, um título promissor, com um desenhista e um roteirista promissor, agora é só rezar pra que façam sucesso o suficiente pra não serem substituídos nos próximos quatro meses, igual vai acontecer com o J T Krul, que vai passar o Arqueiro Verde pras mãos da dupa Jurgens/Giffen. Parabéns campeão.

2 comentários:

  1. curti bastante a revista também, conseguiu me deixar intrigado pra ver que rumo as histórias vão tomar. e entender que diabos o monstro do pântano ta fazendo existindo separado do alec o.O

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  2. ah, ela faz uma referência rápida à abby no díalogo com o super. menciona "sentimentos por uma mulher que eu nunca conheci. uma mulher de cabelos brancos"

    vai ver as lembranças confusas dele são da vida pré-reboot, hehehe

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