terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bastion


Do Dicionário Informal (www.dicionarioinformal.com.br) → Bastião: Base inabalável, fortaleza, referência, movimento de resistência.


<a href="http://www.youtube.com/watch?v=3mDWzu5yxLg?hl=en"><img src="http://www.gtaero.net/ytmusic/play.png" alt="Play" style="border:0px;" /></a>

Dá o play, Macaco!

Descobri Bastion navegando por um site de downloads de jogos. Nunca tinha ouvido falar dele, depois descobri que ele só foi lançado em Julho pra Xbox há pouco mais de um mês para PC. Achei interessante o visual e estilo do jogo, então resolvi baixar pra ver de qualé que é, mas sempre com aquela certeza de que nesse PC não vai rodar nenhum jogo legal. Por sorte, eu estava errado.



Bastion mistura ação e RPG, tem visão que acompanha o personagem por cima, estilo Diablo. Os gráficos tem forte influência do estilo anime, são bonitos mas não pesados, não exigindo assim uma máquina poderosa pra rodar o jogo. Eu fiquei meio frustrado por não conseguir usar meu controle (pra variar) pra jogá-lo, mas a jogabilidade por teclado é eficiente, o velho WASD pra movimentar e mouse pra atacar, além de alguns comandos especiais como esquiva e defesa. Você pode se equipar com uma (entre 4) arma melee e uma (entre 7) de longa distância, além de uma habilidade especial pra te salvar quando o couro estiver comendo muito forte. Um diferencial legal e visualmente interessante é que o caminho que você percorre vai se formando na sua frente conforme você anda (veja o trailer no final do post para entender melhor). Na sua jornada você encontra itens que servem pra dar upgrades nas armas, sendo que a cada upgrade você tem 2 opções de bônus pra escolher qual deseja usar (podendo alternar livremente entre eles no futuro).

“Proper story’s supposed to start at the beginning. Ain’t so simple with this one.”

A história segue uma linha não muito convencional: ao invés de lutar pra impedir uma desgraça, você assumirá o papel d'O Garoto (The Kid) pra reverter uma. Como toda história bem contada, no começo você não sabe muito bem o que aconteceu ou o que deve fazer, mas vai descobrindo tudo isso ao longo do jogo. A treta é a seguinte: seu mundo foi vítima da Calamidade (Calamity), que deixou o mundo em pedacinhos e acabou com quase toda a população, e que ninguém (será?) sabe como foi que aconteceu. Ou exatamente O QUE ou PORQUE aconteceu. A sua missão é simples: ajudar a construir/restaurar a cidade de Caelondia (que o narrador pronuncia “Ceilândia”, serião!) a partir do Bastion (“onde todos concordaram em se encontrar se a merda batesse no ventilador”), a última esperança de reverter os males causados pela Calamidade. O Bastião (muito estranho usar essa palavra) será basicamente sua “base de operações”, onde você deve construir estruturas que o ajudarão em sua missão, como Forjas, Destilarias (hmmm), Templos e até um Galpão de Achados e Perdidos (pois é, e cada um desses é fundamental pra te garantir habilidades e poderes que facilitarão sua jornada).

Machete: arma de macho!

Tudo muito legal até aí, mas pra mim o jogo ainda tem outros 2 pontos fortes: a trilha sonora e a narrativa. As músicas são simplesmente demais, melhores que a da maioria dos filmes por aí. Algumas lembram trilha de filme de velho oeste, outras parecem ter influência oriental ou new age, mas tudo isso com alguns elementos modernos e ás vezes pesados. Existem também algumas músicas (muito boas ) cantadas, tocadas em momentos bem específicos da história. Sério, é foda (zerei o jogo e tô aqui ouvindo a trilha faz um tempo)!

E o mais legal de tudo, o jogo inteiro é acompanhado por uma narrativa muito bem feita, uma daquelas vozes bad-asses, graves e calmas, tão legais pra narrações (confira também no trailer). O jogo não possui flashbacks nem cenas sem relação com sua aventura, tudo o que descobrimos sobre o que aconteceu naquele mundo nos é contado pelo narrador, que as vezes também “comenta” suas ações, como quando você cai da fase ou faz combinações específicas de armas.

Machete de novo (sim, era minha arma preferida no jogo)

Bastion não é um jogo longo, dá pra zerar em menos de 2 dias, mas é um dos poucos que me deu vontade de continuar jogando depois de zerar, na opção “New Game Plus”, onde você começa com todas as armas, pra conseguir dar todos os upgrades nelas, além de completar todos os desafios, e ver que rumo a história toma se você fizer escolhas diferentes (OK, na verdade no jogo todo só tem 2 escolhas, ambas nos 5 minutos finais, mas fiquei curioso). Curti bastante Bastion, foi o jogo que baixei pra matar o tédio da semana que não tinha aula, mas que viciei e acabei zerando rápido demais. Tá recomendado, se não pela jogabilidade, pelo conjunto visual-trilha-narração que transforma Bastion numa verdadeira obra de arte, agradável aos olhos e ouvidos.




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